Saturday, January 10, 2009
Em Águas Belas,prefeito eleito teme não está vivo em janeiro para asumir.
Depois do prefeito de Lajedo, depois do prefeito eleito e cassado em Palmares, Beto da Usina (PDT), agora acontece mais uma novela eleitoral, desta vez no município Águas Belas, no sertão Pernambucano: Genivaldo Menezes (PT), prefeito eleito, diz que tentará estar vivo para assumir seu cargo em janeiro de 2009.
Passada uma campanha sufocada por ameaças, pedidos proteção à Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Área da Caatinga (CIOSAC) e de fazer comício e carreata usando colete à prova de balas, Genivaldo enfrenta a transição do governo tucano, de Numeriano (PSDB), para o petista.
Mesmo com uma equipe de transição sendo implantada e a supervisão do juiz da cidade alerta, a equipe do novo prefeito se diz atenta. “Tem que cuidar para que não haja, nesse período, desvio de verba e extravio de documentações importantes para a nova prefeitura”.
Hoje Genivaldo está no Recife. Amanhã, em Brasília com a equipe de assessores do deputado federal Pedro Eugênio (PT-PE).
Genivaldo, 33 anos, é um jovem agricultor natural de Águas Belas. Desde adolescente sempre esteve envolvido com as lutas sindicais. Até se afastar devido a campanha política, foi Delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
214 votos foi a diferença de votos que teu a vitória ao PT com total de 10.267 conta 10.053 de Chico da Saúde. 20.320 é o total de eleitores válidos no município do agreste meridional.
Entenda a confusão
Assim como acontece em outras cidades do estado de Pernambuco, o prefeito eleito de Águas Belas (Agreste), Genivaldo Menezes (PT), está preocupado com a governabilidade. O petista esteve em Recife para denunciar supostas irregularidades da atual administração, comandada pelo prefeito Nomeriano Martins (PSDB), irmão do deputado estadual Claudiano Martins (PSDB) e aliado do senador tucano Sérgio Guerra. Genivaldo afirmou que procurará o Palácio do Campo das Princesas, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público para pedir providências.
As denúncias vão desde obras inacabadas que constam como concluídas na prestação de contas de 2007 da Prefeitura apresentada ao TCE e à Câmara de Vereadores do município. "Sem falar que nós não conseguimos fazer a transição, porque não há diálogo com o prefeito Nomeriano", relatou Genivaldo. De acordo com o petista, ele já nomeou sua equipe de transição, composta por sete integrantes, mas o prefeito não fez o mesmo. "E ele não atende a nossos pedidos de informação", acrescentou.
Genivaldo disse que existem três folhas de pagamento dos servidores municipais (desde agosto) - apenas os salários dos professores municipais e os servidores inativos estão em dia. Cada folha tem um valor de cerca de R$ 600 mil, segundo o petista. "E nós não sabemos de nada sobre o fundo previdenciário", ressaltou. Entre as obras inconclusas ou inexistentes, ele cita a quadra poliesportiva da escola Manoel Francisco dos Santos, distrito de Curral Novo, orçada em R$ 63,3 mil (inexistente); a pavimentação e drenagem do pátio da feira, ao custo de R$ 143,6 mil e a ampliação e reforma do colégio Albuquerque Maranhão no valor de R$ 231,7 mil. Estas últimas estão inacabadas.
A campanha em Águas Belas foi atípica. Genivaldo, trabalhador rural assentado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), como ele se apresenta, derrotou o adversário por apenas 214 votos. Durante todo período eleitoral, ele participou das atividades de rua protegido por colete a prova de balas e por uma escolta policial. O município, ao longo da campanha, teve a presença constante das polícias Federal, Militar e Civil para assegurar a tranqüilidade na disputa, inclusive dos candidatos e dos eleitores. Ainda hoje, o prefeito eleito circula pelo estado acompanhado por policiais.
Sertão 24horas
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